Sabemos que o Brasil é dividido em 5 macro regiões: Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Norte e Nordeste. Regionalizar deriva do termo em latim "regere", que significa "reger", "governar". Região, por sua vez, representa um espaço, de tamanho variável, com alguma característica, natural ou não, que permita diferenciá-lo das demais áreas.
A região Nordeste do Brasil é formada por 9 estados:
Nordeste - mapa político |
Tendo por base as condições naturais, principalmente o clima, a Região Nordeste pode ser dividida em quatro sub-regiões naturais: a Zona da Mata, o Agreste, o Sertão e o Meio-Norte.
Zona da Mata:
Possui clima tropical litorâneo úmido. Temperatura média anual oscila entre 24 ºC e 26 ºC, e a precipitação total anual é superior a 1.200 milímetros - em algumas áreas esse número supera os 2.000 mm. As chuvas se concentram entre abril e julho.
O relevo é formado, principalmente, por planícies, onde se localizam praias e tabuleiros litorâneos.
A vegetação original era a Mata Atlântica. No século XVI a exploração começou com a retirada do pau-brasil e posteriormente o desmatamento se intensificou com o cultivo de cana-de-açúcar.
A Zona da Mata é a região mais populosa do Nordeste. Nela se encontram duas metrópoles: Salvador e Recife, com ampla influência no espaço nordestino, pois oferecem serviços diversificados - comércio, portos, hospitais, escolas, faculdades, cultura e turismo.
Pode ser subdividida em três porções: Zona da Mata açucareira, Zona da Mata Cacaueira e Recôncavo Baiano.
Agreste:
Trata-se de uma área de transição entre a Zona da Mata e o Sertão, por isso a vegetação apresenta fragmentos de Mata Tropical e nas áreas mais secas a Caatinga. O Planalto da Borborema é a forma de relevo que caracteriza a porção norte do Agreste. Esse planalto age como uma barreira para as massas de ar úmidas que se deslocam do oceano para o interior, contribuindo para o problema da seca no Sertão.
As áreas úmidas são chamadas de brejos e nelas não há seca.
As áreas úmidas são chamadas de brejos e nelas não há seca.
No Agreste encontram-se cidades importantes, como Campina Grande, na Paraíba; Caruaru e Garanhuns, em Pernambuco; Feira de Santana e Vitória da Conquista, na Bahia, cuja vida comercial e o setor de serviços são bem desenvolvidos.
A agricultura é caracterizada pela policultura com destaque para o milho, arroz, feijão, mandioca, algodão, café, frutas tropicais e agave, da qual se extrai uma fibra para fabricação de cordas, bolsas e tapetes.
Sertão:
Na maior sub-região do Nordeste predomina o clima tropical semiárido, com chuvas escassas e mal distribuídas ao longo do ano. Há áreas que ficam entre 6 e 8 meses sem chuvas e outras que ficam até 11 meses sem nada de precipitação.
Assim como ocorre no Agreste, o Sertão também possui áreas úmidas, os brejos. O principal deles é o de Cariri, no sul do Ceará.
A vegetação nativa é a Caatinga, que na língua tupi significa "mata branca".
O relevo apresenta diversas altitudes, com chapadas e depressões, destacando-se a Depressão Sertaneja e do São Francisco, por onde corre o importante rio São Francisco, o grande rio permanente ou perene (que não seca) que atravessa o Sertão.
Quanto a economia, merece destaque a criação de gado bovino, o cultivo de milho, feijão, arroz, mandioca e frutas. A fruticultura desenvolveu-se com sucesso no Sertão, graças à utilização de técnicas de irrigação implantadas a partir dos anos 1980. Duas áreas se destacam: a do vale do rio Açu, no Rio Grande do Norte, e a do vale submédio do rio São Francisco.
Assim como ocorre no Agreste, o Sertão também possui áreas úmidas, os brejos. O principal deles é o de Cariri, no sul do Ceará.
A vegetação nativa é a Caatinga, que na língua tupi significa "mata branca".
O relevo apresenta diversas altitudes, com chapadas e depressões, destacando-se a Depressão Sertaneja e do São Francisco, por onde corre o importante rio São Francisco, o grande rio permanente ou perene (que não seca) que atravessa o Sertão.
Caatinga |
Durante os períodos de seca prolongada, muitas famílias que habitam o semiárido são penalizadas. Para minimizar esse problema, os governos federal e estaduais repassam verbas (dinheiro) aos municípios mais afetados pela falta de chuva para socorrer as vítimas e construir obras emergenciais, como açudes. Entretanto, nem sempre o dinheiro é aplicado de maneira correta. Muitas vezes parte dessas verbas é desviada por maus políticos que se aproveitam do problema para fazer benfeitorias em suas propriedades. Esse tipo de prática recebe o nome de "indústria da seca"
Meio - Norte:
O Meio - Norte é uma sub-região de transição entre o Sertão semiárido e a Amazônia úmida. Na sua porção oeste predominava a Floresta Amazônica, hoje amplamente desmatada pela ocupação humana: na sul, o Cerrado: na leste, a Caatinga: e na centro-norte, a Mata dos Cocais. Em algumas áreas essas paisagens vegetais se misturam.
Predomina no Meio-Norte o clima tropical com verão úmido e inverno seco. No extremo oeste do Maranhão o clima é equatorial úmido. As médias térmicas anuais situam-se entre 24 ºC e 26 ºC, e a precipitação total anual varia conforme a área considerada, de 1.000 mm a mais de 2.000 mm.
Até aproximadamente 1960, a economia do Meio-Norte assentava-se na criação de gado, cultura do algodão, extração do babaçu, produção de açúcar, plantio e beneficiamento de arroz e extração da cera de carnaúba. Era uma economia, portanto, de base agropecuária.
A partir dos anos 1970, iniciou-se na região um processo de modernização econômica. Investimentos foram realizados na agropecuária, principalmente por fazendeiros vindo da Região Sul, e no extrativismo vegetal e mineral. O Maranhão passou a ser escoadouro das riquezas minerais da Serra dos Carajás, no estado do Pará. Para tento, foi construída a Estrada de Ferro Carajás, ligando as jazidas minerais ao Porto de Itaqui, no Maranhão. Esse porto foi equipado para exportar minério de ferro e receber navios de grande capacidade de transporte.
O Meio - Norte é uma sub-região de transição entre o Sertão semiárido e a Amazônia úmida. Na sua porção oeste predominava a Floresta Amazônica, hoje amplamente desmatada pela ocupação humana: na sul, o Cerrado: na leste, a Caatinga: e na centro-norte, a Mata dos Cocais. Em algumas áreas essas paisagens vegetais se misturam.
Predomina no Meio-Norte o clima tropical com verão úmido e inverno seco. No extremo oeste do Maranhão o clima é equatorial úmido. As médias térmicas anuais situam-se entre 24 ºC e 26 ºC, e a precipitação total anual varia conforme a área considerada, de 1.000 mm a mais de 2.000 mm.
Até aproximadamente 1960, a economia do Meio-Norte assentava-se na criação de gado, cultura do algodão, extração do babaçu, produção de açúcar, plantio e beneficiamento de arroz e extração da cera de carnaúba. Era uma economia, portanto, de base agropecuária.
A partir dos anos 1970, iniciou-se na região um processo de modernização econômica. Investimentos foram realizados na agropecuária, principalmente por fazendeiros vindo da Região Sul, e no extrativismo vegetal e mineral. O Maranhão passou a ser escoadouro das riquezas minerais da Serra dos Carajás, no estado do Pará. Para tento, foi construída a Estrada de Ferro Carajás, ligando as jazidas minerais ao Porto de Itaqui, no Maranhão. Esse porto foi equipado para exportar minério de ferro e receber navios de grande capacidade de transporte.
O município de Alcântara (MA), situado na baía de São Marcos, se sobressai pela sua arquitetura antiga (sua fundação data de 1755) e por possuir um centro de lançamento de foguetes espaciais.
QUADRO RESUMO
QUADRO RESUMO
SUB-REGIÃO
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CLIMA
E CARACTERÍSTICAS
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VEGETAÇÃO
ORIGINAL
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ATIVIDADES
ECONÔMICAS ATUAIS
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CIDADES
PRINCIPAIS
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ZONA
DA MATA
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TROPICAL
LITORÂNEO COM CHUVAS ENTRE 1500 E 2000 mm
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MATA
ATLÂNTICA
|
CANA-DE-AÇÚCAR,
INDÚSTRIAS, LATIFÚNDIOS
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SALVADOR,
ARACAJU, MACEIÓ, RECIFE, JOÃO PESSOA, NATAL
|
AGRESTE
|
TROPICAL
ÚMIDO; TROPICAL SEMIÁRIDO
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TRANSIÇÃO
ENTRE A CAATINGA (SERTÃO) E MATA ATLÂNTICA (ZONA DA MATA)
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PEQUENAS
PROPRIEDADES POLICULTORAS; PECUÁRIA LEITEIRA; INDÚSTRIA DE DERIVADOS DO
LEITE; COMÉRCIO
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GARANHUNS,
CARUARU, CAMPINA GRANDE, FEIRA DE SANTANA, VITÓRIA DA CONQUISTA
|
SERTÃO
|
TROPICAL
SEMIÁRIDO
|
CAATINGA
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PECUÁRIA
EXTENSIVA DE SUBSISTÊNCIA; AGRICULTURA FAMILIAR; AGRICULTURA AGROEXPORTADORA
(NAS ÁREAS IRRIGADAS)
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FORTALEZA,
JUAZEIRO DO NORTE, CRATO, IGUATU
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MEIO-NORTE
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CLIMA
TROPICAL COM VERÃO ÚMIDO E INVERNO SECO. NO EXTREMO OESTE DO MARANHÃO, CLIMA
EQUATORIAL ÚMIDO
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TRANSIÇÃO
ENTRE CAATINGA, CERRADO E FLORESTA AMAZÔNICA
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EXPLORAÇÃO
DA CARNAÚBA; DO BABAÇU; CULTIVO DO ALGODÃO
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TERESINA;
SÃO
LUIS, IMPERATRIZ, PARNAÍBA, ALCÂNTARA
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